– “Curgete num bolo, Ana?” – parece que vos oiço daí, a questionar o ecrã do computador ou telemóvel ou tablet enquanto franzem o sobrolho, como quem espera respostas de um objecto inerte.

Esperem. Não fechem este post antes de lerem o que tenho para vos dizer.

Dou-vos algumas razões para não desistirem desta receita antes mesmo de começarem: a curgete é comestível (e isso quase que bastaria), tem inúmeras vitaminas (a maioria na casca, daí a usarmos) e não tem um sabor dominante no bolo. Aliás, praticamente impercetível.
E, por último, só mais uma a meu favor: o princípio da confiança. Alguma vez vos apresentei uma coisa má?

  • INGREDIENTES

  • 250 g de curgete com casca, finamente ralada
  • Raspa de um limão
  • 3 ovos biológicos
  • 100 g de açúcar amarelo
  • 90 g de manteiga magra sem sal (à temperatura ambiente)
  • 200 g de farinha de espelta branca
  • 1 colher de café (rasa) de canela em pó
  • 2 colheres de chá de fermento em pó para bolos
  • 1 colher de sopa de sementes de papoila
  • 1 colher de sopa de água a ferver (opcional)

    PREPARAÇÃO

  1. Pré-aquecemos o forno a 180º C.
  2. Depois bem lavada, ralamos a curgete para uma taça, espremendo com as mãos o excesso de água. Ralamos também a casca do limão (só a parte amarela) e reservamos.
  3. Numa taça de batedeira, juntamos os ovos e o açúcar e batemos até triplicar de volume (2-3 minutos). Juntamos a manteiga, que deve estar à temperatura ambiente ou parcialmente derretida, e batemos de novo.
  4. Adicionamos agora os ingredientes secos: a farinha de espelta, a canela, o fermento e as sementes de papoila e misturamos só até incorporar.
  5. Por fim, adicionamos a curgete e a casca do limão ralados e envolvemos. [Nota: se a mistura parecer demasiado espessa, podemos acrescentar uma colher de sopa de água a ferver.]
  6. Vertemos o preparado para uma forma pequena, previamente forrada com papel vegetal, e levamos ao forno por 30-35 minutos até o bolo estar cozido e dourado (fazemos o teste do palito para confirmar).

Gosto de servir com framboesas, iogurte grego e uma boa chávena de café ou chá.

 
Tenham um doce fim-de-semana!
Vemo-nos por aqui: