Caril de camarão com banana assada
“Gosto que a minha mãe me traga ao parque e que venha com comida. Traz sempre imensas coisas e o pai costuma ajudá-la, embora reclame um pouco. No início, achava que íamos fazer um piquenique ou algo desse género. Estendíamos o paninho, comíamos e bebíamos. Só que não é nada disso. Enquanto eu corro na relva e me zango com os gatos, a minha mãe está sempre concentrada no que ela diz ser um trabalho. Até me dá vontade de rir, mas, como sou uma canídea, não sei fazê-lo. É um bocado tonto aquilo de torcer e amarrotar os panos se estavam tão bem dobrados e bonitos. O mesmo se passa com os outros apetrechos: espalha-os por todo o lado como se isso tivesse alguma piada. Ainda bem que não sou eu que tenho que arrumar. Ser-se cadela é uma grande vantagem nestas alturas. Noto que de vez em quando aponta a máquina em direcção a este meu focinho de peluche. Já lhe disse, do alto da minha maioridade, que só apareço quando quero. Tenho vincos inquebráveis e não são só os da pele. Quando ela termina as produções fotográficas, ou lá o que aquilo é, sentamos-nos a comer. Os,...