Na minha cozinha ainda há espaço!
Raramente faço compras de louça e objectos de decoração online. Por mais que a descrição do produto seja detalhada, o toque é insubstituível. Quando os meus pais foram a Copenhaga há poucos meses pedi-lhes encarecidamente que me trouxessem um prato da Broste. Preto e branco, estilo nórdico, uma peça absolutamente linda de tão simples. Enviei-lhes duas fotografias do prato via WhatsApp, para um e para outro (não fosse o telemóvel de alguns deles evaporar-se) juntamente com a morada da loja. O tempo que aquele prato demorou a tornar-se no meu favorito – e olhem que eu tenho muitos! – foram os escassos segundos que levei a desembrulhá-lo do papel. Era grande, completamente raso e fazia a comida brilhar. Laváva-o sempre à mão para não lhe roubar a cor e secava-o de seguida. Fotografei-o duas ou três vezes, a última com uma fatia do bolo de aniversário do meu marido, esse dia fatídico em que o deixei a secar no escorredor. Vocês já estão mesmo a ver como isto acabou. O João, desajeitado para não variar, fê-lo deslizar dali para o chão. Ouvi o barulho e ainda atirei um “O que é que partiste agora?” (sim, é um clássico cá em casa).Ele, insensível, retorquiu: “Foi um prato,,...