Cozinhar é um gesto de amor

Eu não ligo patavina ao Dia dos Namorados. Acho-o comercial, torna o amor uma obrigação e é até piroso q.b. Daí que não preparei nenhuma receita delico-doce para publicar hoje, nem sequer um singelo fondant de chocolate. Não obstante, celebrar o Amor é importante. É mesmo muito importante. Mas não esse amor de calendário, o de todos os dias. O que exige um esforço permanente para que o barco não afunde. Aquele que, mesmo com o passar do tempo – e de muito tempo -, continua a ter força para remar, histórias por viver, caminhos por onde ir, planos para cumprir, desejos por concretizar. E esse amor assume múltiplas formas. Hoje, falo-vos de uma delas. No Sábado, acordei cedo para ir Cozinhar por uma Causa. A Bimby promoveu um evento solidário na Alfândega do Porto onde se propunha a cozinhar 420 refeições. 110 máquinas a trabalharem em simultâneo para levar comida quente a quem mais precisa. A quem, na verdade, está habituado a comer os restos dos outros, as sobras, o que já ninguém quer, os pacotes abertos que já não podem ser vendidos, o que sobejou no final do dia e não pode regressar à montra. Comida fresca, é,...

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