Tarte-creme de coco e limão

Apercebi-me de que estava absolutamente viciada, corrompida, dependente do iPhone no exacto dia em que fiquei sem ele. Levei-o para análise não-invasiva à iStore do Norteshopping e o pobre aparelho, que foi entregue ainda com vida, ficou em observação. O display não reagia. Mais tarde, foi enviado para o laboratório e não mais saiu do coma profundo. Passei uma semana a lamentar a sua ausência até que recebo um aviso de que estava à minha espera um equipamento novo. “Novo”, disseram eles. Comecei tudo do zero. Cópia de segurança feita, passwords repostas, aplicações descarregadas, imagens escolhidas, tons de toque, emparelhamentos vários, tudo isso capaz de me tirar anos de vida figurava agora no meu novíssimo companheiro. Um ou dois dias depois, estava eu parada no trânsito e o sol abrasador e satírico batia no ecrã do iPhone. “Não devo estar a ver bem”, pensei. Tirei os óculos de sol. Limpei o ecrã com a t-shirt, depois com o pano dos óculos e os riscos permaneciam. São internos, uma espécie de cruz que se prolonga e atravessa o ecrã. Voltei à iStore. Não estava particularmente bem disposta, não tinha tempo para passar a vida ali, estavam mais duas pessoas muito zangadas,...

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Sweet News

Este mês, saímos do casulo e andamos a passear-nos numa das páginas da Time Out Porto.Há por lá texto (para nos conhecerem melhor), fotografias e uma receita muito especial de Outono. E o que terei eu preparado? Um bolo de abóbora e especiarias que não só é um dos doces que mais gosto nesta vida, como é muito simples de se fazer.  Vão por mim: esta revista é daquelas para guardar. Obrigada, Time Out Porto. É sempre um gosto.

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Muffins de framboesa

Em casa dos meus pais há uma miríade de árvores de fruto – e parece-me que todos os dias mais. Na adolescência nunca valorizei nada daquilo. Naquela altura, a coisa que eu mais queria era sair dali e respirar um mundo novo. Procurava a confusão, e não a calma; queria pessoas, e não o silêncio; desejava a cidade, e não o campo.Aos 17 anos, quando cheguei ao Porto com as malas e os sonhos, a vontade de ficar foi, provavelmente, a única coisa que não mudou até hoje. Quem conhece esta cidade não mais quer sair. E, depois, continuam a chegar-me as coisas do campo: a simplicidade, a leveza, a fruta biológica, a conversa fácil e em tom bem audível, o trato simples. O amor e as framboesas sempre.   INGREDIENTES [6 muffins]Receita adaptada da Lorraine Pascale 175 g de farinha super fina com fermento 1 colher de sobremesa de bicarbonato de sódio 1 pitada de sal 110 g de açúcar amarelo + extra para a cobertura 1 colher de sobremesa de canela em pó (opcional) 175 ml de leitelho (ou leite normal ao qual juntamos uma colher de sobremesa de sumo de limão e deixamos repousar por cinco minutos),...

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