Salada de meloa cantalupe, presunto e figos
A ideia é muito simples e pueril e não são precisos blogues de culinária para recriar combinações destas. Só que, por vezes, estamos tão habituados à mesmidade da apresentação que não nos lembramos de como uma entrada banal de verão pode ter elementos diferenciadores. E é preciso encontrar mecanismos para não habituar o cérebro à indolência, que é sempre o caminho preferido. Um exemplo: há uma tranche de salmão na bancada. O que fazer? Tempera-se com sumo de limão, sal e ervas e vai para o grelhador. Não. Não. Não. Corta-se a tranche em três ou quatro cubos, pega-se num pauzinho de espetada, intercala-se com fatias de limão finas e, agora sim, grelhador. O trabalho é exactamente o mesmo; o efeito é completamente diferente. Uma analogia para esta sugestão: honestamente, qual seria a piada de servir a meloa em fatias e ainda ter que a partir no prato? E agora um desabafo, para que não fique recalcado: o meu primeiro impulso foi somar a esta salada pequenas bolas de mozzarella fresca. Na minha conceptualização mental, todas aquelas cores viviam em perfeita harmonia com o branco do queijo. Não o fiz, mais uma vez para contrariar a minha tendência inata de,...