Tosta quente de curgete grelhada com molho de caril
No início de dezembro decidi não comer mais carne. Não foi nenhuma promessa, não foi nenhuma obrigação. Foi apenas e só uma constatação: deixou de me apetecer carne – estava cansada de comer frango, peru e novilho – e por isso retirei-a da minha alimentação diária. As outras carnes já não comia caso tivesse que ser eu a prepará-las. Porco nunca apreciei e conto pelas mãos as vezes que comi. Codorniz faz-me uma impressão imensa a arranjar, por me lembrar um passarinho. O coelho dá-me pena, porque penso neles vivos. O leitão idem. O meu consumo de carne já era demasiado restrito devido a todas estas manias condicionantes, pelo que a decisão de deixar foi mesmo pacífica. Além disso, acresce uma consciência ecológica cada vez mais forte. Eu não vou mudar o mundo, mas pelo menos consigo amenizar os estragos causados no planeta por uma pessoa que come carne em todas ou quase todas as refeições. A balança fica ligeiramente mais equilibrada – ou, pelo menos, gosto de acreditar que sim. Como digo sempre, isto não é nenhum estado de vida, pelo que se me apetecer mesmo muito um determinado prato de carne, como. A última vez que isso aconteceu,...