Out & About – Casa Modesta, o paraíso aqui tão perto [e uma receita de papas de quinoa]

Bem-vindos à minha nova morada! ♥  O PURO é, tal como o nome indica, um lugar sem artifícios. Uma extensão virtual de um modo de vida onde se privilegia a arte de viver devagar. A qualidade sempre sobre a quantidade e em tudo: do trabalho à alimentação, passando pela vida familiar e momentos de lazer. Para este epíteto, achei que deveria partilhar um sítio onde a harmonia flui de uma forma única e se encontra a real acepção da expressão slow living. Chama-se Casa Modesta e descobri-a há um par de semanas, altura em que estava – à semelhança de muitos de vós, imagino – a precisar desesperadamente de arejar. A pouco mais de seis quilómetros de Olhão, em Quatrim do Sul, longe da habitual azáfama da costa algarvia, ergue-se este turismo rural eco sustentável. Arquitetura sublime, nove quartos, uma piscina, horta biológica e um pequeno-almoço do outro mundo que combina frescura e diversidade, surpresas quotidianas servidas sob a forma de bolos caseiros ou papas reconfortantes – de milho (o típico xerém algarvio), de quinoa (ver a minha reinterpretação mais abaixo), de aveia –, fruta da época e chá de cultivo próprio. De portas abertas desde abril de 2015, ao,...

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Gnocchi com Sabores do Mar [camarão e espinafres]

Não sei bem como foi isto acontecer, mas a minha impressão é a de que há dois meses estava num dia verão (deprimido, mas verão) e, de repente, na manhã seguinte, acordei num inverno que não mais deu tréguas. No Porto chove ininterruptamente há três semanas. Os dias tornaram-se subitamente curtos e sombrios e as noites demasiado gélidas. A única parte boa é que pude dar como inaugurada a temporada da comfort food, que encontra em mim uma grande entusiasta na preparação de receitas, sobretudo quando tenho os ingredientes certos à mão. A PARMALAT lançou uma nova nata, a Sabores do Mar,* para combinar com pratos que nos lembrem as ondas, sal, crustáceos e peixe fresco a morder a costa. Quando idealizei uma receita, estive indecisa entre uma fish pie cujas fatias não conseguimos sequer esperar que arrefeçam e um prato de gnocchi, cheio de superalimentos, que nutre e revigora até a alma – mas este post revela já qual foi a minha escolha. *Nota importante (na verdade, este foi também o resultado de um teste): fiz a mesma receita apenas com molho de tomate e com molho de tomate e natas Sabores do Mar. Estavam quatro pessoas à mesa. Adivinhem? Todas preferiram,...

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Quiche integral de camarão, legumes e manjericão | Especial Parmalat

Este fim de semana, em trabalho por Lisboa e a dividir mesa sempre com colegas diferentes, vários me perguntaram, com um tom que oscilava entre o espanto e a estranheza, porque é que eu deixei de comer carne.  Já havia escrito sobre isso aqui no blogue.  Desde o final de 2017 que não como carne. Alegra-me pensar que cuido e contribuo para o equilibrio desta casa em que vivemos, que é o Planeta, e que o facto de eu não ingerir carne compensa aquele meu amigo ou colega que come muito mais do que devia. Mas a equação é tão simples quanto a decisão, porque a liberdade funciona para os dois lados: eu sou livre de não comer; a outra pessoa é livre de gostar e de comer. Em teoria, isto só serve para dizer que as receitas que crio e partilho aqui convivem em harmonia com o meu estado vegetariana flexível (porque eu continuo a comer peixe, ovos e lacticínios).  Assim, quando a Parmalat me convidou a criar uma receita usando a nova nata com tomate, idealizei algo leve, saudável e nutritivo. Para mim, tomate rima com manjericão e, apesar de ter um problema (grave) na domesticação das ervas,...

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Fondant de chocolate e caramelo [a verdadeira gulodice!]

Se o amor fosse um bolo seria pequeno e inteiro, tinha o formato de coração e saberia a chocolate derretido e a caramelo. Há receitas que são verdadeiros fenómenos – e eu consigo entender porquê. Quando partilhei uma destas fotografias pela primeira vez no @instagram tive o maior número de reações que me lembro de ver. No século XXI, as coisas medem-se mais ou menos por este prisma: o número de gostos que determinada coisa tem e, a par disso, os comentários de quem efetivamente teve a sorte de provar. Este trabalho, alusivo ao Dia dos Namorados, foi feito para o blogue da MO – que está por tempo indeterminado offline – mas não merecia ficar na pasta digital a acumular pó (também ele virtual). Quando virem os passos da receita perceberão como é inacreditavelmente simples de fazer; quando a provarem vão pedir bis, como diria o Sérgio Godinho. E para aqui estamos em salamaleques a lamber mãos feitas para abanar leques a pedir bis, a gritar bravo, a aplaudir, muito bem e até domingo que vem Não têm de quê. 🙂 INGREDIENTES [para 6 fondants] 100 g de chocolate negro (70% de cacau) 100 g de manteiga magra sem sal,...

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