Risotto de cogumelos com abóbora assada

Uma das maiores virtudes deste trabalho é, sem dúvida, poder provar ingredientes que, de outra forma, passariam despercebidos na sua prateleira de supermercado. Refiro-me, neste caso em particular, aos risottos que já estão temperados e só precisam de um pouco de vinho, água, um bom queijo parmesão e alguns minutos para ganharem vida. Escolhi uma embalagem de risotto de cogumelos porcini da Cascina Belvedere, uma opção biológica e ideal para quem tem pouco tempo mas quer impressionar os convidados. Não há como correr mal, como errar no sal ou nos temperos, porque aquele pacotinho condensa tudo na medida certa. Para acompanhar, assei uma abóbora-manteiga temperada com tomilho e endro e abri uma latinha de filetes de atum dos Açores. Rápido e apetitoso, num verdadeiro elogio à simplicidade. INGREDIENTES1 abóbora-manteiga biológica, partida em pequenos cubos1 fio de azeite2 hastes de tomilho fresco biológico2 hastes de endro fresco biológicoSal e pimenta preta q.b.1 cebola biológica2 dentes de alho biológicos, sem gérmen1 embalagem de risotto funghi Porcini biológico Cascina Belvedere (250g)1 copo de vinho branco biológico600-700 ml de água bem quente2 cubos de manteiga4 colheres de sopa de queijo parmesão ralado PREPARAÇÃO Pré-aquecemos o forno a 200º C. Descascamos a abóbora, limpamos de sementes e cortamos em cubos similares. ,...

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Fica a dica #3 – Risotto: o grão do arroz e a preparação

A última receita de risotto (esta aqui) despertou particular interesse em quem nos lê. À caixa de e-mail e às mensagens do Facebook chegaram algumas dúvidas e, sobretudo, duas perguntas principais: 1) Qual é o melhor arroz para risotto; 2) Se há algum segredo na sua preparação Cerâmicas DaTerra Parece-me mais sensato responder através de um único post, até porque, imagino, outras pessoas quererão saber o mesmo. Vamos por partes: 1) Há três tipos de grão de arroz próprio para risotto: O arbório é de todos o mais popular, o mais barato e o mais fácil de encontrar nos super e hipermercados. Mas não vão ao engano: na embalagem não vão ler “arroz arbório”, mas, sim, “arroz para risotto”. É uma técnica de marketing tão válida como qualquer outra, que tenta facilitar a vida ao consumidor. Ou, pelo menos, não o deixar na dúvida perante a miríade de arrozes na prateleira. Se é pouco esclarecedora? Talvez. Eu, por exemplo, gosto de saber exactamente aquilo que estou a comprar.O grão do arbório sendo curto é o mais longo dos três. Possui uma quantidade de amido menor e absorve mais caldo, pelo que o tempo de cozedura também é superior aos restantes: aproximadamente,...

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Risotto de abóbora e agrião

Nos contos de fadas, transformar uma carruagem numa abóbora é devastador, mas à luz da fantasia a imagem em si é das mais bonitas e mágicas que nos passaram na retina. E, talvez, até se a própria Cinderela soubesse dos inúmeros benefícios desta planta, a meia-noite não fosse tão temível. E era precisamente sobre isso que eu vos devia falar: da versatilidade da abóbora – que pode ser usada em quase tudo (pratos doces ou salgados, tartes, snacks, sopas) e na sua totalidade, com casca e sementes também comestíveis – e da fonte de vitaminas (A, B, K) e de minerais como cálcio e fósforo… mas o meu cérebro só consegue reter a cor e o sabor, já saudosos, deste risotto. INGREDIENTES[para 2 pessoas] 100 g de abóbora (preferencialmente biológica)Sal e pimenta preta q.b.1 fio de azeite1 cebola pequena1 dente de alho, sem gérmen250 g de arroz para risotto1 copo pequeno de vinho branco (de boa qualidade)650 ml de caldo de legumes caseiro1 mão cheia de folhas de agrião1 colher de sopa de manteiga5 colheres de sopa de queijo parmesão PREPARAÇÃO Pré-aquecemos o forno a 190º C. Cortamos a abóbora em cubos e colocámo-la num tabuleiro de forno, temperada com,...

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Risotto de espargos e castanhas

Não há ode maior a Novembro do que uma receita com castanhas.  Lembro-me bem de na escola primária o São Martinho ser um grande evento. No dia anterior, cada um de nós, alunos, ficava incumbido de levar os “ingredientes” indispensáveis à festa: a maioria (eu incluída) aparecia com sacos de serapilheira cheios de caruma, um saco plástico com castanhas, alguns ouriços do castanheiro (as mãos ressentiam-se particularmente desta brincadeira) e muitas pinhas secas (as molhadas não ardiam, era um desperdício). A minha avó costumava ajudar-me nesta missão. Como vivíamos a dois passos de um monte e o meu avô tinha castanheiros nas suas terras era tudo muito fácil.  À noite, mal dormia tal era a excitação. Parecia estar tudo pronto, mas até o dress code me causava ansiedade. Era suposto levarmos um fato-de-treino que pudesse estragar-se na patuscada, só que aquele amarelo com flores era o mais bonito de todos e eu queria muito vesti-lo, qual canário à espera da liberdade. Este prato também traz outras memórias: trouxe o risotto de Florença. Comprei-o no Eataly, uma cadeia com o binómio loja/restaurante espalhada um pouco por várias cidades italianas. Foi um pequeno acto de loucura tal o preço: passou de €6 o pacote,...

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