Vamos falar sobre o óleo de coco? | O Espaço da Nutricionista

Não sendo um tema que adore, há muitas pessoas com dúvidas sobre o óleo de coco, pelo que me parece interessante partilhar convosco a minha opinião sobre este assunto – mais ou menos – polémico. Em primeiro lugar, é importante referir que as gorduras são um macronutriente tão importante como os outros e que o nosso organismo precisa delas para desempenhar algumas funções, como é o caso do bom funcionamento cerebral e a manutenção da temperatura corporal. No entanto, não precisamos de grandes quantidades. Quanto às gorduras ou lípidos, existem três tipos. Os saturados, polinsaturados e monoinsaturados, variando o nome de acordo com a estrutura dos ácidos gordos que os compõem. Assim, devemos evitar a ingestão de gorduras saturadas e de gorduras trans, sendo que estas últimas são gorduras muito processadas. Mas esta parte, vamos deixar para outra conversa. O óleo de coco é constituído por cerca de 80% de gordura saturada, o que faz com que resista a temperaturas mais altas mas também que esteja muito associado ao aumento de colesterol. Sendo uma gordura é, por excelência, um alimento calórico e que não deve ser consumido em grandes quantidades. Posto isto, tendo em conta as suas propriedades, também não há,...

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Tosta quente de curgete grelhada com molho de caril

No início de dezembro decidi não comer mais carne. Não foi nenhuma promessa, não foi nenhuma obrigação. Foi apenas e só uma constatação: deixou de me apetecer carne – estava cansada de comer frango, peru e novilho –  e por isso retirei-a da minha alimentação diária. As outras carnes já não comia caso tivesse que ser eu a prepará-las. Porco nunca apreciei e conto pelas mãos as vezes que comi. Codorniz faz-me uma impressão imensa a arranjar, por me lembrar um passarinho. O coelho dá-me pena, porque penso neles vivos. O leitão idem.  O meu consumo de carne já era demasiado restrito devido a todas estas manias condicionantes, pelo que a decisão de deixar foi mesmo pacífica.  Além disso, acresce uma consciência ecológica cada vez mais forte. Eu não vou mudar o mundo, mas pelo menos consigo amenizar os estragos causados no planeta por uma pessoa que come carne em todas ou quase todas as refeições. A balança fica ligeiramente mais equilibrada – ou, pelo menos, gosto de acreditar que sim. Como digo sempre, isto não é nenhum estado de vida, pelo que se me apetecer mesmo muito um determinado prato de carne, como. A última vez que isso aconteceu,...

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Bolas energéticas de alperce e caju

(Adenda: este post foi escrito e reescrito ontem, mas vou deixa-lo na ultima versao)   Escrevo-vos de Londres pos-jantar. Vim passar o fim-de-semana ca (espairecer precisa-se!) e, varios contratempos depois, consegui finalmente um computador onde posso redigir (ainda que sem acentuacao) umas linhas breves. Sao 23h38 e eu aqui, numa recepcao enorme, sozinha, a teclar com a rapidez que os meus dedos se permitem para publicar mais uma receita gulosa. Esta frio la fora, jantei num dos restaurantes do Jamie Oliver (podem ver fotografias e videos no meu Instastories, mas vou falar sobre isso para a semana) e estou desejosa de subir para o quarto 321 para dormir umas 10 horas seguidas. Ao mesmo tempo, quero que a manha chegue depressa: tenho um Le Pain Quotidien do outro lado da rua e estou com muita vontade de calcorrear esta cidade incrivel onde ja nao punha os pes desde 2006. Entretanto, vamos ao que interessa: estas pequenas maravilhas em formato de bolinhas comestiveis. A receita foi retirada e ligeiramente adaptada do livro Receitas Saudaveis do Jamie (soa a idolatria, embora nao seja mais do que um mero acaso) e achei-a uma lufada de ar fresco porque foge, a leguas, da combinacao comum de cacau e tamaras. Esta e’ uma daquelas para guardar,...

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Vencedor do passatempo “As Receitas de Natal do Jamie Oliver”

Quem vai levar para o quentinho de sua casa o magnífico livro com as melhores e irrepetíveis – ele diz que não fará mais livros destes – receitas de Natal do Jamie é a… … [rufar de tambores!] … Luísa Oliveira, de Soure! Parabéns à Luísa, que será contactada via e-mail, e muito obrigada a todos os participantes 🙂 Entretanto, deixem-me dar-vos uma outra boa notícia: durante este mês, vou fazer duas receitas do livro e partilhá-las aqui convosco, para as poderem reproduzir também em casa.  É o meu presente em forma de agradecimento por me (nos) lerem. Tenham um óptimo fim-de-semana ♥

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Bifes de peru recheados com queijo de cabra e pêra

O peru é uma ave particularmente desconsiderada em Portugal. Não porque se coma pouco ou porque se cozinhe mal, não.  O pobre do bicho tem um problema com a Língua Portuguesa – a que se diz e a que se escreve – desde que nasce até que se fina.  No talho, perguntam-me se quero “bife ou peito de piru” e na montra já havia lido “perú” em letras garrafais e sonantes. Os meus olhos começam a tremer com estas coisas. – “Quatro bifes, por favor”.  [Com “e” e sem acento, pensei para com os meus botões, que já não apertam]. INGREDIENTES[4 pessoas] 4 bifes de peru finosSal e pimenta preta q.b.Alho em pó q.b.Sumo de 1 limão8 fatias de pêra4 fatias de queijo de cabra Folhas de manjericão, a gosto1 fio generoso de azeite PREPARAÇÃO Pré-aquecemos o forno a 200º C. Temperamos os bifes com o sal, a pimenta, o alho e o sumo do limão. Descascamos a pêra, removemos o coração e cortamos em lâminas finas. Na ponta mais estreita de cada bife colocamos a pêra (duas fatias por cada bife), o queijo (1 fatia) e uma folha ou duas de manjericão. Enrolamos e atamos com um cordel próprio de,...

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