Se me perguntassem, diria que risotto é o meu prato preferido. Qualquer um. De camarão com melão, de pêra com brie, de 3 queijos, de salmão e lima, de cogumelos portobello. É um prato que faço desde a primeira vez que fui a Itália (já lá vão uns bons anos) e testar diferentes combinações é algo que me diverte. Claro que da primeira tentativa resultou uma papa. Nessa altura, há sete anos, fazia pouco mais do que massas rápidas e bifes grelhados. Estava no segundo ano da faculdade e as minhas preocupações com a alimentação eram quase nulas. Se tivesse sopa, pão e Nutella estava tudo bem. Agora que penso nisso, passou uma vida e eu mudei muito. As pessoas mudam; os pratos favoritos, às vezes, não. Fazer risotto exige alguma perícia e, acima de tudo, paciência. É delicado e, como imagino que saibam, não é um prato fácil para quem ainda está a descobrir o universo da culinária. Mas é um dos pratos que mais me pedem e, no final, vale tanto a pena, que compensa todos os minutos de barriga encostada ao fogão – literalmente, porque a maior parte da receita obriga a acrescentar caldo e a mexer.,...