Estava à procura das palavras certas para vos falar desta tarte. Dei voltas e voltas e só me consigo lembrar destas: é a oitava maravilha em forma de bolo. Pronto, está dito. É preciso coragem, mas alguém o tinha que fazer.
Não julguem que estou aqui a vender a banha da cobra, que o escrevo para vos incentivar a ligarem já o forno, mas – e admitindo desde já a minha parcialidade – acho que é a decisão mais acertada. Aliás, eu estou eternamente agradecida à minha amiga Lígia por ter partilhado a receita original comigo (que eu fui alterando ao longo do tempo até conseguir uma versão menos calórica). Isto é, na verdade, serviço público.
Esta tarte foi a receita que fiz, no ano passado, para a revista Time Out Porto, numa edição dedicada ao Outono. Falei-vos disso aqui, recordam-se?
Escolham uma abóbora doce e o mais cor-de-laranja possível (a bolina é a ideal) e não vão para a cozinha com os minutos contados. O resultado é sempre melhor quando dedicamos tempo e carinho às coisas. Sejam elas quais forem.
![]() |
Platter de cerâmica DaTerra, colecção Uyuni |
INGREDIENTES
1 kg de abóbora bolina, sem casca, aos pedaços
200 g de açúcar amarelo
65 g de manteiga magra (meio sal ou sem sal)
4 ovos (preferencialmente biológicos)
120 g de farinha super fina sem fermento
1 colher de chá de fermento para bolos
1 casca pequena de limão (sem parte branca)
1 colher de café (rasa) de canela em pó
1 pitada de noz moscada em pó
1 pitada de cravinho em pó
200 g de açúcar amarelo
65 g de manteiga magra (meio sal ou sem sal)
4 ovos (preferencialmente biológicos)
120 g de farinha super fina sem fermento
1 colher de chá de fermento para bolos
1 casca pequena de limão (sem parte branca)
1 colher de café (rasa) de canela em pó
1 pitada de noz moscada em pó
1 pitada de cravinho em pó
2 colheres de sopa de amêndoa laminada + extra para polvilhar (opcional)
Método tradicional
PREPARAÇÃO
Método tradicional
- Num processador de alimentos, trituramos o açúcar até o reduzir a pó. Reservamos.
- Cozemos a abóbora (idealmente a vapor, por exemplo, com a tampa-flor da Kochblume) por 30 minutos. Assim que estiver pronta, escorremos a água e trituramo-la no processador juntamente com o açúcar até obtermos um puré homogéneo.
- Adicionamos a manteiga e misturamos até que se funda.
- Transferimos o preparado para uma taça. Reservamos.
- À parte, numa outra taça, batemos os ovos cerca de 3 minutos, até duplicarem de volume.
- Com a batedeira ligada, juntamos os ovos batidos ao preparado de abóbora reservado, pouco a pouco e sem deixar de mexer.
- Acrescentamos a farinha, o fermento, a casca de limão e as especiarias e e envolvemos (sem bater). Se usarem amêndoa, acrescentem-na nesta altura.
- Vertemos o preparado para uma forma previamente forrada com papel vegetal e levamos ao forno pré-aquecido a 180º C cerca de 40 a 45 minutos.
- Assim que a tarte arrefecer, polvilhem com canela em pó.
Na Bimby
- Pulverizamos o açúcar 20 seg/vel. 9. Reservamos.
- Juntamos água no copo (800 g) e cozemos a abóbora na varoma 30 min/varoma/vel. 1.
- Retiramos a água do copo, colocamos lá a abóbora e o açúcar e trituramos 10 seg/vel. 7. De seguida, adicionamos a manteiga e misturamos 20 seg/vel. 4.
- Batemos os ovos numa taça à parte.
- Seleccionamos a vel. 3,5 e vamos deitando os ovos (já batidos) pelo bocal.
- Acrescentamos agora a farinha, o fermento, casca de limão e as especiarias. envolvemos 15 seg/vel.3. Se usarem amêndoa, acrescentem-na nesta altura.
- Vertemos o preparado para uma forma previamente forrada com papel vegetal e levamos ao forno pré-aquecido a 180º cerca de 40 a 45 minutos.
- Assim que a tarte arrefecer, polvilhem com canela em pó.
Dica: podem polvilhar o topo com (mais) amêndoa laminada.
[E a Camila que faz hoje oito meses? Oito meses! Mais precisamente 243 dias. Incrível como aquela bebé, tão pequenina e frágil, já quase gatinha e balbucia “mamã”. O meu quindim.]
SIGAM-NOS TAMBÉM NO
&